diumenge, 24 de maig del 2020

Castelao: dez sentenças de “Sempre en Galiza”

Sempre en Galiza é o livro de maior impacto de Daniel Castelao (Rianxo, 1886). Com escritos deste político e artista multifacetado, é um ensaio essencial para entender a história e o presente da Galiza. Vamos ler, como aperitivo, dez trechos curtos, mas substanciais:

Castelao
“O homem que duvida e teme no momento de realizar o ideal que pregou e não tem coragem para se manter no seu posto de perigo, ou é um farsante ou é um coitadinho.”
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“Dá nojo ver a grei de señoritos direitistas que põem Jesus na porta da casa, para viverem, dentro dela, em contubérnio com todos os pecados do século.”
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O galego é um idioma extenso e útil, porque – com pequenas variantes – se fala no Brasil, em Portugal e nas colónias portuguesas.”
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“Pelo esforço da Catalunha tornaram-se possíveis as aspirações da nossa Terra.”
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“Eu imagino, igualmente, a carragem que acometeria os Castelhanos – agora tão Espanhóis – se o facto diferencial da Catalunha, ponho por exemplo, tivesse chegado a ser hegemónico e lhes tivesse sido imposto o catalão como única língua do Estado. Suportariam os Castelhanos uma Espanha catalã e empenhada em catalanizar Castela?
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“Diremos lealmente que a nossa condição de “separados” está próxima de se trocar em energia “separatista”, porque nem os democratas espanhóis querem compreender-nos.”
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“Alguns voltávamos de Portugal com os olhos prenhes de formosura e com o coração fendido de saudades, mui ledos de termos visto ali o nosso próprio génio em liberdade.”
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“E assim um galeguista consciente, livre de constrangimentos políticos, só com carácter transitório pode aceitar uma autonomia com hipoteca, pois qualquer instituição galega que não surdir da própria soberania, implicará subordinação, dependência e escravidão.”
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“A Galiza deve ser algo mais que um criadouro de carne humana para a exportação.”
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“Há nacionalismos legítimos e ilegítimos, consoante alicerçarem num anseio de liberdade ou se moverem por afãs absorventes.”

Castelao
O livro em papel pode adquirir-se no idioma do seu autor por meio das editoras galegas Através ou Galaxia, de acordo com as preferências ortográficas do leitor. Há também uma tradução para o castelhano (Akal, 1985) e outra para o inglês (Boutle, 2016).

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